A VI edição da Feira dos Municípios trouxe pontos importantes sobre a preservação e o desenvolvimento artístico e cultural de Alagoas. Além de evidenciar o fortalecimento de grupos de artesãos, de associações e cooperativas ligadas ao artesanato, a feira também proporcionou o contato do grande público com a arte alagoana que possui nome e sobrenome.
Para representar os inúmeros profissionais que influenciam a preservação da herança cultural de cada município que participou da feira, cito dois grandes exemplos: Dona Clarice Severiano, que com sua “renda de bilro” tornou-se símbolo do município de São Sebastião, e o mestre João das Alagoas, artesão do município de Capela que foi reconhecido como “Patrimônio Vivo do Estado de Alagoas.”
Dona Severina e mestre João das Alagoas transmitem a seus aprendizes muito mais que o trançar de linhas e o esculpir do barro, ambos garantem a continuidade e a valorização de artes que se entrelaçam com a história de um lugar e sua gente.
Jovens como Claudio Henrique Freire e Gustavo Laurentino, do município de Capela, representam esta nova geração que despertou o olhar para a arte e que de forma prazerosa passa a escrever seus nomes no presente para traçar o futuro de novos mestres.
A Feira dos Municípios apresentou uma Alagoas rica em talento, criatividade, e fomento às manifestações artísticas e culturais. A mensagem do evento, nas entrelinhas, deixou de forma explicita que o “fomentar e executar” está diretamente ligado ao “preservar e valorizar”, pois só assim as gerações passadas terão condições de deixar seu legado às gerações futuras.
FONTE: Lourdes Rizatto e Silvestre Rizzatto
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